Resiliência feminina surpreende no Cope

As servidoras penitenciárias mais uma vez mostraram que não são o sexo frágil, e que a força vai muito além da questão física. As formandas do curso de Intervenção Prisional e Escolta que foi concluído nesta sexta-feira (10) comprovou isso na prática. O que para muitos foi considerado uma surpresa para um dos instrutores da capacitação Richard Dias, mesmo com o alto grau de dificuldade, o destaque das mulheres já era algo esperado. “O destaque das mulheres não é algo que me surpreende, pois em todas as capacitações que eu já estive a frente, o desempenho das mulheres sempre é maior que dos homens, pois elas são mais focadas, determinadas, guerreiras e disciplinadas, e com isso a diferença em relação à estrutura física é compensada pela força de vontade”, ressalta o professor. Para Kathreen Medeiros servidora desde 2014 a dificuldade física para desempenhar as atividades realmente foi um desafio, mas não foi sua maior dificuldade “A minha maior dificuldade foi ficar longe do meu filho, mas isso também me dava motivação para eu concluir, quando eu achava que não ia conseguir, me concentrava e pedia forças para Deus. Eu me surpreendi, me superei e agora eu sei a força que tenho. Com foco e fé eu sou capaz de conquistar qualquer coisa que eu quiser. ”, enfatiza Medeiros. Para o servidor Marcelo Pinesse a participação das mulheres no cope serviu para quebrar tabu. “A participação das mulheres foi surpreendente, sinceramente eu achei que elas não conseguiriam aguentar o tranco, por serem frágeis, mas eu me surpriendi, elas são determinadas e o fato de deixaram suas famílias e filhos as tornavam ainda mais fortes e a força delas nos motivou”, afirma Pirrrese. Um dos grandes destaques do curso foi a servidora Suelem Gonçalves, que mesmo com a filha internada no CTI-Centro de Unidade Intensiva, não desistiu do curso. Suelem fala sobre o maior desafio que enfrentou durante a capacitação. “Teve um momento que foi muito difícil, quando eu tinha voltado do hospital decido continuar o cope, e de repente me vi correndo e cantando, tentando me manter atenta a tudo que acontecia, mas ao mesmo tempo não conseguia parar de pensar na minha filha entubada, naquele momento travei o meu maior desafio. Minha maior batalha não foi a questão física e sim psicológica, as lágrimas caíram, e eu continuei cantando ainda mais forte, foi quando enxuguei as lágrimas e falei eu vou até o fim. Tive que me dividir em contra turnos, de dia fazia o curso e na madrugada ia para o hospital ficar com a minha filha e isso me deixo ainda mais firme da minha decisão”, destaca Selem. A servidora que é mãe de duas meninas fala que só foi possível conciliar graças ao apoio familiar e experiência já adquirida devido uma das filhas ser especial e já ter sido uma internada em um CTI. Gonçalves fala ainda que o curso foi transformador em sua vida e fez com que ela percebesse sua resiliência. “Pude exercer a resiliência que todo mundo fala, pra mim a conclusão do cope se tornou um desafio pessoal, uma superação”, concluiu. O presidente do Sinsap, André Luiz Santiago parabeniza todas essas valorosas guerreiras e fala da importância delas no Sistema. “A participação das mulheres no Sistema Penitenciário é o que o torna mais humano. Essas mulheres que são mães e filhas sabe exercer suas funções com um amor e um força impressionante e que as tornam imbatíveis. Através dessas mulheres que estender os meus parabéns a todas as servidoras da Agepen, que deixam suas famílias e filhos em busca de um Sistema melhor e mais humano. Nossa homenagem a essas valentes”, ressalta o presidente. Fonte: Ascom sinsap


GALERIA

21 Set 2017
Assembleia e mobilização

Assembleia e mobilização

VÍDEOS

10 Nov 2021
Polícia Penal

ENQUETE

Quais as maiores dificuldades no seu dia a dia enquanto profissional?...




      Resultado