A rotina de escolta de presos para consultas, até de acupuntura, tem complicado ainda mais um cenário já difícil em Mato Grosso do Sul. Segundo o Sindicato dos Policiais Penais, esse tipo de deslocamento deixa a segurança dos presídios desfalcada, facilitando a ação de bandidos, inclusive, contra os próprios servidores. O problema é intensificado com a falta equipamentos como colete balístico, reclama o presidente do sindicato dos policiais penais, André Santiago.
São 1.913 policiais penais divididos por Mato Grosso do Sul, que atuam várias funções, entre elas a escolta e o monitoramento da torre do presídio. “O Conselho Nacional de Políticas Penitenciárias de Criminais fala que deveria ter um agente para cada cinco presos, o que não acontece. Esses 1.913 policiais no Estado você tem que dividir por quatro, porque nós somos plantonistas, e quando um trabalha, outro folga, então não é por dia que há esse número”, detalha.
A falta de uma enfermeira plantonista em toda unidade penal é outro problema que contribui para a defasagem da segurança, avalia. Com a presença desse tipo de profissional para triagem de urgências, nem todo caso teria que ser encaminhado a um hospital ou posto de saúde. No Presídio de Segurança Máxima, dia desses um preso usou dessa estratégia para tentar fugir, conta outro policial penal que pediu para não ter o nome divulgado.. “O azar dele foi que quem realizou a escolta colocou algemas nos pés dele também”.
Além das emergências, os policiais ainda precisam lidar com consultas pré-agendadas que vão desde os exames de rotina a idas ao dermatologista e sessões de acupuntura.
Fonte: Comunic.Ativa Assessoria de Imprensa