Diante do último ocorrido do fim de semana, em que nove presos do presídio de regime semiaberto de Corumbá, fugiram, utilizando o auxílio de uma corda artesanal. Sendo considerada assim uma fuga de massa. Ao ser capturado os fugitivos disseram que a intenção era voltar a unidade após praticar alguns crimes.
O Sinsap ressalta ainda que esse tipo de prática já havia sido denunciada pelo Sindicato as autoridade locais e solicitado providencias emergenciais. O presidente da entidade, André Luiz Santiago, destaca que infelizmente esse tipo de “fuga temporária” é uma situação corriqueira, devido a péssima estrutura e a falta de servidores na unidade. “Em setembro o Sindicato encaminhou ao Juiz da Vara de Execução Penal da Comarca de Corumbá, um ofício denunciando a situação caótica e desumana do estabelecimento penal de Regime semiaberto e aberto em que não havia condições de garantir a custódia dos presos devido a falta de estrutura física e profissional. Na época sugerimos até mesmo a interdição do local”, afirma André.
A entidade Sindical enfatiza que na mesma unidade é realizada a custódia de três regimes diferenciados de cumprimento de pena; Semiaberto Masculino, aberto masculino e feminino, totalizando quase 200 custodiados para dois servidores garantirem a segurança, onde os internos são divididos em 11 celas. “A unidade não oferece nenhum segurança e com isso coloca os agentes e a sociedade em risco, por isso e por outros motivos é considerada a pior do Estado, é um absurdo”.
Recentemente o Sindicato foi ao local e constatou as péssimas condições de trabalho no local. “A situação é desumana, não tem computadores, nem radioescuta, câmera de vigilância; quando chove os servidores tem que ficar arrastando as mesas para que não molhe os documentos; a fossa fica vazando para o terreno vizinho, não tem copa para almoçarem, eles tem que comer a marmitex a céu aberto, os presos saem e voltam a hora que querem, e não tem efetivo nem pra dar férias para os agentes”,pontuou André.
O Sindicato afirmou ainda que a situação necessita de uma medida emergencial. “O ideal seria construir um presídio que ofereça condições adequadas, mas se considerarmos o lapso temporal para a construção que é em torno de três a quatro anos, não temos como esperar todo esse tempo, precisamos de ações imediatas, entre a medida e a efetividade da operacionalidade do sistema é outra coisa. É necessário que o Estado enquanto a unidade não é construída, alugue um prédio adequado e que o número de servidores que fazem a segurança do local seja ampliado, caso contrário a tendência é só piorar e a situação se torne ainda mais caótica”, afirma Santiago.
Fonte: Ascom Sinsap
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