Nesta quarta-feira (18), um preso fugiu do presídio masculino de Ponta Porã por uma área improvisada com telhas de zinco, instalada no local onde o muro da unidade desabou em novembro de 2024. O detento, que possuía autorização para trabalho externo, foi avistado desde o início da tentativa de fuga, mas conseguiu escapar pela estrutura fragilizada. A região nos fundos da unidade, que dá acesso a um orto florestal, contribuiu para facilitar a evasão.
O SINSAPP/MS reforça que o episódio é resultado direto da falta de providências por parte da AGEPEN, mesmo após meses de alertas sobre os riscos estruturais da unidade. O muro caiu há mais de seis meses e até hoje nenhuma obra foi iniciada. No lugar de uma estrutura adequada, o local foi isolado apenas com placas metálicas de baixa resistência.
“Não houve falha dos servidores. O problema é estrutural. A fuga só foi possível porque a AGEPEN, mesmo após meses de alertas, não reconstruiu o muro nem adotou medidas eficazes de segurança. O risco era conhecido e, mesmo assim, ignorado”, afirma o presidente do SINSAPP/MS, André?Santiago.
O sindicato relembra que a AGEPEN chegou a prometer o uso de placas de aço e reforço com efetivo do COPE, mas nenhuma das medidas foi mantida. A estrutura improvisada permanece vulnerável e não há previsão concreta para início da reconstrução do muro. Enquanto isso, a insegurança cresce não apenas dentro da unidade, mas também para toda a sociedade sul-mato-grossense, especialmente por se tratar de um presídio em área de fronteira.
A preocupação é de que a fragilidade do local e o ocorrido incentivem novas tentativas de fugas. O SINSAPP/MS continuará cobrando ações urgentes, reforçando que não é mais possível aceitar improvisos quando o que está em jogo é a segurança pública.
Fonte: Assessoria