Após decisão que aconteceu em
Assembleia na última quinta-feira (26), das entregas das horas extras, mais de
80% da categoria já aderiu ao movimento. Além da Capital, Ponta Porã, Paranaíba Anastácio,
Rio Brilhante, Jardim, Dourados, Amambaí, Nova Andradina, Três Lagoas, Jatei,
Cassilândia, São Gabriel do Oeste, Corumbá, Coxim e Aquidauana também aderiram
à decisão. “A forte adesão prova o descontentamento da categoria com a situação
desumana de trabalho, este é o momento de unirmos para sermos ouvidos, pois um
sindicato forte é um sindicato unido”, afirma o presidente do Sindicato dos
Servidores da Administração Penitenciaria de MS, André Luiz Santiago.
Devido a entrega das HE’s o
Sindicato vem recebendo várias denúncias de agentes que estão sofrendo ameaças,
coerção e assédio por parte das chefias de presídios estaduais devido à recusa
em fazer horas extras.
Santiago informou que todas essas
denúncias serão analisadas e que o Sindicato está tomando devidas providências.
“Estamos notificando os diretores de todos os presídios do Estado e acionar o
Ministério Público do Trabalho contra essa irregularidade”, informa.
André, ressalta ainda que
qualquer servidor que esteja recebendo algum tipo de ameaça ou coerção deve
procurar o sindicato para que seja instaurada uma denúncia para ser apresentada
junto ao Ministério do Trabalho. “Este não é o momento de se calar, este é o
momento de denunciar. O servidor que estiver recebendo ameaças deve procurar
urgentemente o nosso Sindicato para devidos encaminhamentos”, disse o presidente
do Sindicato dos Agentes Penitenciários.
No dia 26 de fevereiro, os
agentes decidiram em assembleia extraordinária tomar uma série de medidas para
melhorar as condições de trabalho da categoria que se considera sobrecarregada,
mal remunerada e exposta à insegurança nos presídios. Uma das decisões foi
rejeitar a realização de horas extras, para forçar o governo do Estado a fazer
contratações. Foi decidido ainda que a categoria poderá pedir a interdição de
presídios do Estado à Justiça. O que eles propõem é que não sejam aceitos mais
detentos do que a capacidade de cada unidade penitenciária acabando assim com a
superlotação nas unidades prisionais.
A categoria decidiu ainda que vai
lutar pela valorização salarial. Segundo o sindicato, o Estado tem 1.444
agentes penitenciários para tomar conta de um sistema prisional lotado com
cerca de 13.500 detentos. Na Máxima, por exemplo, são apenas 10 agentes para
cuidar de 2,3 mil presos. Na Máxima, inclusive, a recusa dos agentes em fazer
horas extras já compromete o funcionamento de alguns setores da penitenciária
como a escola e o setor de trabalhos.
A situação de insegurança na Máxima voltou à tona na tarde de ontem com a morte do detento Daniel Inácio de Souza, de 30 anos. Ele foi encontrado enforcado na cela de número 506 no pavilhão seis do presídio. Em revista de rotina às celas, pouco depois do ocorrido, os agentes encontraram vários telefones celulares, situação de rotina na penitenciária.
Fonte: Assessoria de Imprenssa: Karen AndriellyGALERIA
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