Após policial penal ser agredido e ameaçado na Gameleira, SINSAP/MS pede transferência de líderes de facção criminosa

O SINSAP/MS tem recorrido às autoridades para solicitar a transferência de dois líderes de uma facção criminosa que estão na Penitenciária Estadual de Regime Fechado da Gameleira, em Campo Grande. Na terça-feira (22), um policial penal foi agredido por um detento e ameaçado. O servidor chegou a ser hospitalizado para a realização de exames, mas já foi liberado e passa bem.
 
Além de prestar auxílio ao servidor, o SINSAP/MS esteve ainda na terça-feira na Gameleira, onde identificou várias situações que colocam em risco a integridade dos policiais penais. 
 
Uma delas é a sobrecarga. Enquanto a unidade tinha 529 detentos ontem, apenas sete plantonistas faziam todo o trabalho interno, nos quatro pavilhões. Além da rotina diária, a unidade também tem uma movimentação intensa. Somente na terça-feira, foram registrados 14 atendimentos médicos, 10 de advogados, 6 de dentistas, 4 de enfermagem e 4 de escoltas. 
 
“É uma movimentação extrema, que gera uma sobrecarga muito grande para o servidor. Se não bastasse a sobrecarga, muitas vezes, o policial penal tem sido retirado das suas atividades internas para ficar na escolta ou nas muralhas. Outra situação é que tem momento em que todas as torres são desativadas para que o servidor vá fazer escolta no hospital”, afirma o presidente do SINSAP/MS, André Santiago, que esteve com o servidor agredido e também na unidade penitenciária.
 
Além de solicitar a transferência das lideranças para o presídio federal, o Sindicato está solicitando às autoridades o aumento do efetivo interno e o suporte de armamento necessário. 
 
“Vamos notificar as autoridades. A Agepen precisa ter resposta imediata frente a esses casos. Se não tiver um tipo de atitude, esses motins vão se tornar rotineiros. Precisam ser implementados novos procedimentos dentro da unidade, aumentar a rigidez da disciplina, aumentar o número de servidores e transferir as lideranças das facções criminosas. O Estado não pode se tornar refém destes grupos criminosos”, destaca Santiago.
 
O SINSAP/MS também questiona qual tem sido a prioridade da gestão da Agepen: muralhas e escoltas ou o trabalho interno nas unidades penitenciárias. “O serviço interno não tem recebido a mesma atenção por parte da gestão, principalmente no que diz respeito à capacitação. Mesmo estando na linha de frente e com contato direto com os presos, os policiais penais do serviço interno são preteridos na hora da distribuição de armamento e até mesmo EPIs”, pontua o presidente do Sindicato.
 
Situação semelhante em Dourados
 
Na PED (Penitenciária Estadual de Dourados), policiais penais têm enfrentado os mesmos problemas. Vinte e dois servidores foram transferidos da unidade, sem sequer ter permuta, o que aumentou ainda mais o déficit de policiais penais.
 
Além disso, servidores têm sido retirados do trabalho interno para assumirem a muralha e a escolta, de forma recorrente.
 
Fonte: Comunic.Ativa Assessoria de Imprensa


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