Após protesto, agentes penitenciários fazem pauta de reivindicações em MS

Além de não liberar os presos nesta quinta-feira (12), em Campo Grande, e realizarem uma mobilização em frente a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), agentes penitenciários estão elaborando uma pauta de reivindicações para ser entregue ao governador do estado, Reinaldo Azambuja (PSDB).

“Nós estamos reunidos no sindicato para discutir os nossos pedidos. Toda essa mobilização existe em respeito ao nosso colega morto e também por conta do descaso com a nossa categoria”, afirma ao G1 o presidente do Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária (Sinsap), André Luiz Garcia Santiago.

Outros servidores disseram que nada foi feito após a execução do agente penitenciário de 44 anos nesta quarta-feira (11).

“No presídio semiaberto continuaram dois agentes trabalhando e não houve o policiamento ostensivo no local conforme prometido. Por conta disso, 25 servidores que estavam de folga foram ao local, espontaneamente, para trabalhar ao lado dos colegas”, explica o presidente.

Sobre concursos públicos, eles disseram que esta será uma das principais reivindicações. “Dos 270 convocados foram chamados apenas 230 e muitos ainda não foram aprovados nas cinco fases do concurso. Deste número, cerca de 50 já desistiu por conta da aprovação de outros concursos públicos e por isso continuamos com esse déficit”, ressalta o presidente.

A assessoria de imprensa da Agepen não atendeu as ligações do G1 para falar sobre o assunto. Na quarta-feira (11), eles disseram que a prioridade no momento é prestar assistência à família da vítima e aos colegas de trabalho, mas posteriomente deve ser estudada, junto ao governo estadual, a possibilidade de abrir um novo processo seletivo para a contratação de agentes penitenciários.

Crime

O agente foi executado a tiros no Estabelecimento Penal de Regime Aberto e Casa do Albergado, onde era lotado desde 2011. Ele estava na portaria fazendo controle de saída de presos que dormem no local e passam o dia fora quando um homem encapuzado e com capacete entrou e, sem falar nada, atirou. O servidor estava há 10 anos na Agepen.

O caso foi registrado na 7ª Delegacia de Polícia de Campo Grande e será investigado pela Delegacia Especializada em Homicídios (DEH), conforme a assessoria da Polícia Civil. Câmeras de segurança fizeram imagens do suspeito, mas não é possível identificá-lo. A ação durou de 12 a 15 segundos, informou a polícia.

Fonte: G1MS

Fonte: G1MS


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