Ausência de informações sobre desativação da base do COPE em Corumbá preocupa Sindicato e mobiliza Câmara de Vereadores do Município

A decisão da AGEPEN (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário de Mato Grosso do Sul) de desativar a base do COPE (Comando de Operações Penitenciárias), em Corumbá, surpreendeu servidores integrantes desse grupamento e mobilizou a classe política corumbaense no sentido de pedir a continuidade das atividades do grupo no referido município.
 
Com esse objetivo, o vereador Alexandre do Carmo Taques Vasconcellos enviou um requerimento à Mesa Diretora da Câmara Municipal de Corumbá solicitando que a Presidência da Casa de Leis estabeleça interlocução com a SEJUSP e com a AGEPEN para reivindicar a continuidade dos trabalhos do COPE em Corumbá.
 
No requerimento, o vereador diz que tomou conhecimento de que as atividades do COPE devem ser encerradas em Corumbá, onde o grupo atua há mais de quatro anos. Ele destaca que o COPE é especializado em escoltas de alto risco e intervenções prisionais. A base avançada em Corumbá se justifica em razão da distância entre a Capital e a cidade pantaneira.
 
A base avançada do COPE em Corumbá realiza escoltas e é responsável pela primeira resposta em intervenções nos presídios. Essa atuação é essencial para solucionar imediatamente a crise e também para evitar que a crise se agrave e transforme em uma rebelião.
 
Quando a crise tomar maior proporção, é necessário acionar a tropa do COPE de Campo Grande. Nesses casos, o COPE CG levará cerca de 2h para juntar os integrantes e mais 5h para se deslocar até Corumbá.  Ou seja, um tempo de resposta altíssimo que pode significar perda de vidas e prejuízo patrimonial.
 
A Base do COPE em Corumbá atendia toda a região oeste do Estado e, em especial, municípios como Aquidauana, Jardim e Dois Irmãos do Buriti, além de dar apoio à Capital também. Somente no mês de abril, o COPE - Corumbá realizou 45 escoltas, sendo 11 delas entre comarcas.
 
Para o SINSAPP/MS além das dificuldades relacionadas ao tempo de resposta para eventos críticos, a ausência de justificativas plausíveis e informações aos Policiais Penais afetados com essa decisão revela desrespeito aos servidores.
 
Embora a decisão de continuidade ou descontinuidade das atividades desse grupamento em Corumbá seja uma prerrogativa da AGEPEN, a forma como essa decisão chegou aos servidores não foi a mais adequada. Em nenhum momento, os servidores  foram chamados para uma conversa franca, para saberem as razões consideradas pela AGEPEN que culminou com essa decisão.
 
Para o presidente do Sindicato, esses servidores foram em busca de conhecimento e capacitações especificas para bem desempenhar as novas funções.  Sem o empenho desses servidores, o início da operacionalização do grupo não seria possível. Para viabilizar o início das atividades eles compraram uniformes e equipamentos de proteção individual e custearam cursos de formação complementar de altíssimo custo.
 
Por tudo que fizeram para o crescimento institucional, mereciam ser tratados com mais dignidade. O Presidente do Sindicato ressalta ainda, que essa falta de empatia e respeito que está acontecendo com os servidores do COPE de corumbá, também foi observada quando a AGEPEN resolveu desativar o COPE de Naviraí e o COPE de Três Lagoas.
 
Assim como acontece nesse momento com os servidores do COPE de Corumbá, sumariamente transferidos, decisões recentes tomadas pela Gestão da nossa Autarquia também afetaram servidores que integravam os COPES de Naviraí e Três Lagoas, que de uma hora para outra, viram suas vidas e rotinas serem transformadas ao serem transferidos sem consulta previa e sem oportunizar escolhas para desempenhar atividades laborais nestes municípios.
Fonte: Comunic.Ativa Assessoria de Imprensa


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