Com foco no
aperfeiçoamento do trabalho desenvolvido pelos agentes penitenciários em
presídios de Mato Grosso do Sul, foi encerrado nesta segunda-feira (20) a
primeira turma do curso básico de “Táticas Prisionais”, com avaliação prática
realizada na Penitenciária de Segurança Máxima da Capital.
Trinta
servidores da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário
(Agepen) participaram da capacitação, que abordou técnicas específicas que
podem ser utilizadas na realidade prisional do Estado, objetivando evitar
qualquer tipo de risco, motins e violência.
Com 40 horas
aula, o curso de aperfeiçoamento foi ministrado pela Cetta Internacional, por
meio de convênio com Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária,
sob coordenação da Escola Penitenciária. Durante a aula prática na Máxima, os
agentes realizaram a contenção dos internos para vistoria nas celas.
O diretor da
empresa CETTA e instrutor da qualificação profissional, perito Júnior, destaca
que, para a formatação do curso, foi feito previamente um levantamento do
contexto prisional do Estado, com objetivo de que realmente o conhecimento
repassado possa ser colocado em prática. “Avaliamos desde a estrutura dos
presídios aos equipamentos de segurança que os agentes possuem e montamos um
treinamento dentro dessa realidade”, informa.
Segundo o
instrutor Cleyton Silva, durante a capacitação foram abordadas técnicas de defesa
pessoal, uso de tonfas, algemamento condução de presos entre outros
procedimentos. “Mas o foco do curso é não deixar que o agente relaxe com a
rotina do dia a dia e acabe descuidando dos procedimentos necessários”,
esclarece. Silva ressalta que a finalidade foi demonstrar aos servidores
estratégias diferenciadas de análise do ambiente, visão panorâmica, atitudes e
postura. “A forma de abordar, na maioria das vezes, faz a diferença para a
solução de determinada situação”, frisa.
Além de a
oportunidade de colocarem o conhecimento em prática, durante o estágio na
Penitenciária de Segurança Máxima, os agentes também foram avaliados
individualmente pelos instrutores. “Pudemos verificar como eles se comportam e
avaliarmos a característica de cada um para que possamos fazer as correções
necessárias”, explica perito Júnior.
O agente
penitenciário Rogério da Silva Dias, que atua na Unidade Penal Ricardo Brandão,
em Ponta Porã, viajou 350 km para participar do curso e garante não ter se
arrependido. Para ele, que está na carreira penitenciária há cerca de um ano,
com o curso foi possível aprender novas técnicas, além das ensinadas no curso
de formação, e trocar experiência com servidores de outras unidades. “É um
momento de aprendizagem e de interação, vou voltar para o presídio de Ponta
Porã muito mais motivado e mais seguro na forma de agir”, garante.
Com seis anos
de serviço na Agepen, a servidora a Marli Guerino, outra aluna, defende que o
aperfeiçoamento constante faz toda a diferença na qualidade do profissional. “O
agente penitenciário precisa estar sempre buscando maneiras de executar seu
trabalho com excelência”, afirma Marli, que trabalha na Penitenciária de
Segurança Máxima de Campo Grande.
Para o
diretor-presidente da Agepen, Ailton Stropa Garcia, a qualificação profissional
dos servidores penitenciários precisa ser continuada para o aprimoramento dos
trabalhos exercidos pela instituição. Conforme ele, a Escola Penitenciária vem
buscando parcerias e mecanismos que garantam aperfeiçoamento funcional. “A
exemplo dessa parceria com o Sinsap, estamos buscando outras qualificações
efetivas que tragam ainda mais qualidade ao trabalho que desempenhamos”,
comenta.
O curso também
esta programado para acontecer nos meses de agosto setembro e outubro. No próximo mês a capacitação será nos dias
10, 11, 12, 13 e 14. As vagas são limitadas e os interessados devem realizar o
mais breve as inscrições, que só são confirmadas mediante depósito. “É importante garantir a vaga, pois a procura
esta sendo intensa e deve aumentar ainda
mais agora após a parceria com a Espen que irá possibilitar a flexibilidade do
horário de trabalho dos servidores para participar do treinamento. O agente
penitenciário deve aproveitar esta oportunidade impar”, explica o
vice-presidente do Sinsap Lourival Mota.
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