Como resultado de inúmeras reivindicações do Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária de Mato Grosso do Sul, com o intuito de garantir o mínimo de segurança aos agentes que prestam serviço no Estabelecimento Penal de Regime Aberto e Casa do Albergado de Campo Grande, a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) iniciou obras de reforço à segurança quanto ao acesso à unidade.
A Casa do Albergado de Campo Grande, como é popularmente conhecida já foi palco do assassinato de dois agentes penitenciários enquanto trabalhavam na portaria da unidade. Os crimes que aconteceram em 2011 provocando a morte do agente Hudson Moura da Silva; e em 2015 resultando na morte do agente Augusto Queiroz de Mendonça, chocou a sociedade e aumentou ainda mais a preocupação do Sindicato para que outros crimes como este não se repitam.
Estão sendo instaladas grades de contenção
no corredor que dá acesso à portaria, além de três portões com travas
automáticas controladas pelo agente de segurança. Outra medida será a
construção de um espaço para a revista dos internos que chegarem da rua, no
qual o agente penitenciário estará protegido por grades, a exemplo do modelo
adotado no Presídio Federal de Campo Grande.
“Essa já é uma grande conquista, pois o Sindicato trabalha constantemente para garantir a segurança do servidor. O Semiaberto sempre foi uma grande preocupação devido à exposição que os agentes se submetiam ao realizar os procedimentos de rotina”, afirmou o presidente do Sinsap, André Luiz Santiago.
Para o diretor da unidade prisional essas medidas irão contribuir para que o agente trabalhe mais seguro e evitando outras tragédias. “Essa estrutura irá dificultar ações de criminosos, já que o preso não terá contato direto com o agente, e ainda terá que passar por três portões de contenção”, ressalta o diretor da unidade Eudes Melo Vicente.
Na ocasião o
diretor destacou que embora a estrutura contribua para a segurança, outras
medidas devem ser adotadas para que haja uma garantia plena na segurança. “
precisamos que medidas simples mais eficaz sejam tomadas, como por exemplo o
apoio da policia militar regularmente e a instalação de concertinas”, explica
Vicente.
A
obra contempla, ainda, a instalação de nova porta de vidro e a construção de um
solário para o banho de sol dos internos que estão sancionados e que, mesmo
estando em regime aberto, cumprem, momentaneamente, pena intramuros.
De acordo com a Diretoria de Administração e
Finanças da Agepen, a obra está orçada em cerca de R$ 35 mil, dos quais R$ 30
mil foram doados pela 2ª Vara de Execução Penal de Campo Grande (2ª VEP),
através da Central de Execução de Penas Alternativas (Cepa), com recursos
provenientes, em sua grande parte, do desconto de 10% no pagamento de detentos
que trabalham na Capital, instituído pelo juiz Albino Coimbra Neto, da 2ª VEP.
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