Campo Grande (MS) –
A Polícia Militar de Mato Grosso do Sul lança no Estado, NA PRÓXIMA SEGUNDA-FEIRA (14), às 15h, no auditório do Comando-Geral, a campanha “Reaja
Brasil” que irá ajudar a colher assinaturas para proposta de emenda à
Constituição Federal, Código Penal e Lei de Crimes Hediondos do movimento Reaja
São Paulo. O objetivo é aumentar a pena dos crimes cometidos contra servidores
da segurança pública – Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícias
Civis, Polícias Militares, Corpo de Bombeiros Militares – bem como Guardas
Municipais, Poder Judiciário, Ministério Público, Defensoria Pública e AGENTES DO SISTEMA PENITENCIÁRIO no exercício de suas funções ou em razão dela. A
agravante também incide quando o crime é praticado contra cônjuge, ascendente,
descendente, irmão, tio ou sobrinho na intenção de intimidar o
servidor.
O lançamento da
campanha contará com a presença de autoridades, e da família dos universitários
Breno e Leonardo, vítimas de latrocínio no ano passado e do deputado estadual e
major da PMESP, idealizador da proposta, Olímpio Gomes.
O movimento que
começou em São Paulo com a campanha Reaja São Paulo, lançada em 15 de outubro,
na Assembleia Legislativa paulista, é uma resposta aos criminosos e forma de
valorização do profissional da segurança pública e da justiça. A iniciativa do
deputado estadual teve como principal justificativa o grande número de crimes
cometidos contra profissionais da segurança pública e foi prontamente apoiada no
Mato Grosso do Sul.
“Apesar do cenário
de confronto, com morte de policiais não ser nossa realidade é importante nos
engajarmos. Não só pela solidariedade às outras polícias, porque apesar de não
nos atingir diretamente, essa situação afeta todo o país por gerar sensação de
insegurança nas demais instituições. Além disso, toda ação de combate à
violência é um compromisso de todos”, avaliou o comandante-geral da PMMS,
coronel Carlos Alberto David dos Santos.
O coronel ainda
reforça a necessidade de mais rigidez nas penas para que o criminoso perceba e
avalie as consequências da prática do delito e tenha certeza da resposta do
Estado no caso de violação da lei. “Precisamos de penas mais duras para os
criminosos. Eles precisam ficar presos e pagar pelo que fizeram à sociedade. A
brandura das leis acaba favorecendo os criminosos e colocando em risco as
pessoas de bem. Agravar as penas dos crimes praticados contra agentes da
segurança é uma forma de começar a mudar a realidade”,
avaliou.
Proposta
A proposta inclui
como agravante genérica no Código Penal o fato do crime ter sido praticado
contra agentes de segurança e da justiça. Ainda dobra a pena do crime de
constrangimento ilegal (dois a oito anos) e aumenta de 1/3 a 2/3 o de ameaça
(oito meses a três anos e oito meses).
O principal foco é
a transformação em hediondo dos crimes de homicídio e lesão corporal, tentados
ou consumados, praticados contra profissionais da Polícia Federal, Polícia
Rodoviária Federal, Polícias Civis, Polícias Militares, Corpo de Bombeiros
Militares – bem como Guardas Municipais, Poder Judiciário, Ministério Público,
Defensoria Pública e agentes do Sistema Penitenciário. A intenção é que a
progressão do regime ocorra apenas após o cumprimento de 4/5 da
pena.
A proposta é
de iniciativa popular e para ser levada ao Congresso Nacional precisa ser
assinada por 1% do eleitorado nacional, distribuído em pelo menos cinco Estados,
com assinatura de no mínimo 0,3% dos eleitores de cada um. A estimativa é que
sejam necessárias 1,4 milhão de assinaturas.
“Temos certeza que
a população irá aderir. Estaremos empenhados em conseguir o apoio de nossa
tropa, dos colegas de outras polícias, familiares e da comunidade em geral. A
população quer um sistema prisional mais adequado no qual os criminosos cumpram
suas penas. Uma alternativa é levar esse projeto de lei ao Congresso Nacional”,
completou o comandante-geral.
Os cidadãos podem
conhecer melhor a proposta e assinar o abaixo-assinado virtualmente no endereço
eletrônico: http://www.peticaopublica.com.br/PeticaoVer.aspx?pi=REAJA. A PMMS
ainda irá disponibilizar em suas unidades, por todo Estado, o abaixo-assinado
para que as pessoas adiram à proposta assinando
pessoalmente.
Aline Morais -
PMMS |