O governador Reinaldo Azambuja disse durante reunião na manhã desta sexta-feira (13) com servidores do sistema carcerário, que o assassino do agente penitenciário Carlos Augusto Queiróz de Mendonça, 44 anos, foi preso ontem pela Polícia Civi. O autor teria ligações com a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). O atentado aconteceu na manhã da última quarta-feira (11), no Estabelecimento Penal de Regime Aberto e Casa do Albergado, na Vila Sobrinho, em Campo Grande.
A DEH (Delegacia Especializada de
Homicídios), responsável pelas investigações, ainda não quis se pronunciar
oficialmente sobre o caso, mas disse que detalhes serão divulgados em breve. O
acusado pode ser apresentado durante coletiva hoje à tarde. "Isso realmente
mostra a efetividade da Polícia Civil", afirmou Reinaldo.
Crime - Ao todo foram efetuados
cinco disparos, sendo que quatro acertaram a vítima no crânio, antebraço
esquerdo, abdômen e costas. O quinto atravessou o computador da recepção, varou
a parede e caiu no quarto de detentos, onde foi apreendido para análise.
Conforme relatado no dia dos
fatos pelo delegado plantonista da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento
Comunitário) do Centro, Bruno Henrique Urban, imagens colhidas pelas câmeras de
segurança mostraram que o autor chegou sozinho, foi até onde estava o alvo e
atirou.
Mendonça ficou ferido, tentou
fugir, mas caiu e foi baleado nas costas. “Toda a ação durou de 12 a 15
segundos”, disse o Urban. Na ocasião, vítima e colega registravam a saída dos
detentos por volta das 6h, quando foram surpreendidos pelo atirador. Equipes do
Corpo de Bombeiros e Samu (Serviço de
Atendimento Móvel de Urgência) prestaram os primeiros socorros, no entanto, o
agente não resistiu e morreu no local - ninguém mais se feriu.
Preocupação - Cerca de duas
semanas antes da tragédia, temendo pela própria segurança já que lidava
diariamente com indivíduos perigosos, Mendonça tentou transferência de unidade.
Casado e pai de três filhos, servia há 11 anos a Agepen (Agência Estadual de
Administração Penitenciária) e desde 2011 trabalhava na Casa do Albergado.
Naquele ano, no mesmo local, testemunhou o assassinato do colega Hudson Moura
da Silva, 34, por dois indivíduos armados que chegaram de moto.
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