André Luiz Santiago, presidente do Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária de Mato Grosso do Sul, acompanhou nesta segunda-feira (13), o diretor-presidente da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), Dr. Ailton Stropa Garcia, em sua primeira visita as unidades penais do Estado.
Devido aos últimos acontecimentos e a precariedade do local, o primeiro estabelecimento a receber a visita foi à Casa do Albergado de Campo Grande. O local é destinado a custodiados que cumprem o Regime Aberto na Capital, o presídio ainda carrega as marcas e preocupações de uma tragédia acontecida no dia 11 de fevereiro deste ano, quando o agente penitenciário Carlos Augusto Queiroz de Mendonça foi assassinado a tiros na portaria da unidade. Os envolvidos na morte já estão presos.
Segundo Dr. Stropa, a urgência na visita à unidade ocorreu devido a uma solicitação do Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária (Sinsap), que destacou a ansiedade por parte dos servidores na promoção de mais segurança para o local. “É importante ver de perto as necessidades e o que pode ser feito”, destacou o diretor-presidente.
Recepcionado pelo diretor do presídio, Mauro Levermann, e acompanhado pelos diretores empossados Reginaldo Francisco Régis (Operações) e Gilson de Assis Martins (Assistência Penitenciária), e pelo presidente do Sinsap, Andre Santiago, o diretor-presidente vistoriou as instalações, se informou sobre os trabalhos administrativos desenvolvidos e citou algumas ações que podem ser estudadas junto ao Judiciário, como a implantação de audiências por videoconferência.
No entanto, a principal pauta da visita foi a reestruturação da entrada da unidade, com o objetivo de aprimorar o sistema de segurança, no sentido de garantir a integridade dos agentes e que casos como o assassinato do agente na portaria da unidade prisional não voltem a acontecer.
Na ocasião Santiago destacou a situação precária que os servidores trabalham no local e a necessidade de que algo seja feito o mais breve possível para outras vidas sejam poupadas.
“A situação do semiaberto é desumana, desde a morte do companheiro nenhuma medida foi tomada para evitar novas mortes, isso é inadmissível, o local não oferece nem um tipo de seguranças aos servidores, que tem trabalhado colocando a própria vida em risco. Não quero ver novamente o que vi aqui em fevereiro, o corpo de um companheiro ao chão, infelizmente este não foi o primeiro caso de um servidor morto neste local em pleno plantão, mas espero de verdade, que atitudes sejam tomadas para garantir a segurança dos agentes, e que o agente Carlos Augusto seja o ultimo a deixar a família desta forma”, ressalta o presidente do Sinsap.
Fonte: Assessoria Imprensa- Karen AndriellyGALERIA
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