Sindicato pede que veredicto do caso Hudson seja revisto

Com o intuito de demonstrar tristeza e indignação em relação ao veredicto adotado para o caso do agente penitenciário Hudson Moura da Silva, morto em 2011, dentro do Estabelecimento Penal de Regime Aberto e Casa do Albergado de Campo Grande, onde os acusados; Adriano José Lopes  foi absolvido e Rafael Gomes Gonçalves que está foragido teve a pena mínima de seis anos de prisão com um agravante dos antecedentes criminais.Tendo a reclusão definida em oito anos. O Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária de Mato Grosso do Sul, protocolou nesta terça-feira (28), uma nota de repudio a Procuradoria Geral de Justiça, pedindo que o inquérito seja revisto e a pena aumentada.


Para o sindicato, a decisão é uma afronta à sociedade e aos servidores da segurança pública do Estado. “Esse documento solicita ao Ministério Público uma revisão do veredicto da morte do Hudson. É inaceitável a pena mínima em um crime onde os autores invadem um órgão público para assassinar um servidor”, afirma presidente do Sinsap, André Luiz Santiago.


Outro erro no processo, segundo Santiago, foi indiciar Adriano como autor do crime. Para o presidente do Sinsap, Moura deveria ser condenado como mandante. “A família do Hudson e toda a categoria estão indignados. Essa decisão declara que a vida de um servidor que se arisca todos os dias pela sociedade não vale nada”, desabafa  Santiago, que destaca ainda que a decisão serve de incentivo para que esse tipo de ação continue a acontecer.


Representantes dos sindicatos dos GCM (Guardas Civis Municipais) e dos militares dos bombeiros também apoiaram o repúdio e manifestaram sua indignação.


Para Thiago Mônaco Marques, presidente da ABSSMS (Associação Beneficente dos Subtenentes, Sargentos e Oficiais oriundos do quadro de Sargentos Policiais e Bombeiros Militares), qualquer crime cometido contra um servidor da segurança pública é também contra o Estado. “Um crime da forma como esse aconteceu, deve ser tratado de uma forma mais rigorosa. Contamos com o apoio do ministério para que possamos reverter essa decisão”, defende Marques.


A decisão, segundo o presidente do Sindicato dos Guardas Municipais de Campo Grande, Hudson Pereira Bonfim, causa aflição em todos que trabalham com na segurança pública. “O caso comove toda a categoria, por também estarmos expostos ao mesmo crime e é por isso que cobramos uma postura mais rigorosa da justiça” defende Bonfim.

Fonte: Assessoria Imprensa- Karen Andrielly


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