Um mês após a morte de agente o número de ameaças aumenta

Após um mês da morte do agente penitenciário Carlos Augusto Queiroz de Mendonça, de 44 anos, a categoria vive um momento crítico para a classe. Além da morte trágica do servidor a classe tem uma sequencia de fatos que demonstra a fragilidade do Sistema Penitenciário de Mato Grosso do Sul. “A morte do nosso companheiro é algo inadmissível, e após o ocorrido houve vários outros acontecimentos que ressalta as falhas do Sistema, como por exemplo, o principio de rebelião na máxima de Dourados, seguido de motins em Dourados e na Capital, além de fugas dos outros presídios”, comenta o presidente do Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária de Mato Grosso do Sul, André Luiz Santiago.

O Sindicato encaminhou ao Ministério Publico uma denúncia sobre a morte que aconteceu dentro do presídio, e apontou as falhas existentes no Estabelecimento Penal de Regime Aberto e Casa do Albergado, que causa ainda mais insegurança para categoria que espera a resolução do caso. “Encaminhamos uma denúncia ao Ministério publico relatando a situação desumana que os agentes trabalham e mesmo com a morte de um servidor a situação não mudou e solicitamos também que o caso do agente Carlos seja esclarecido”, afirmou Santiago.

Um mês após o ocorrido o número de ameaças aos servidores aumentou e o sentimento de medo e insegurança é maior ainda.  “O clima tenso dentro dos presídios de regime aberto e fechado em Campo Grande e em todo  o Estado continua, o que é um reflexo da falta de segurança”, diz André.

Devido os acontecimentos os servidores decidiram em Assembléia entregar as horas extras e iniciar a operação padrão como reflexo da falta de servidores.  Atualmente com a entrega das horas extras no Semiaberto onde ocorreu o crime existe um agente para cuidar de mais de 500 presos.

Nesta quarta-feira (11) ,mais de 300 servidores estão reunidos em Assembleia para definir as próximas medidas que serão adotadas pela categoria.

Caso

O agente penitenciário Carlos Augusto Queiroz de Mendonça, de 44 anos foi executado a tiros no Estabelecimento Penal de Regime Aberto e Casa do Albergado, onde era lotado desde 2011.

Ele estava na portaria fazendo controle de saída de presos, que dormem no local e passam o dia fora, quando um homem encapuzado e com capacete entrou e, sem falar nada, atirou.

O servidor estava há 10 anos na Agepen. O caso foi registrado na 7ª Delegacia de Polícia de Campo Grande. A ação durou de 12 a 15 segundos, informou a polícia.

 

Fonte: Assessoria Imprensa- Karen Andrielly


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